Transporte cantor Pedro Leonardo

UTI Aérea Pedro Leonardo

O comandante Thiago Prudente Vilella faz parte da terceira geração de pilotos da família.

Aos 31 anos de idade, possui no currículo 12 anos de experiência e cerca de cinco mil horas de voo,

com pelo menos 300 remoções de UTI aérea.

 

No final de abril último, estava no assento esquerdo do Learjet 35 que realizou o transporte aeromédico do cantor Pedro Leonardo Dantas,

de 24 anos, filho do também cantor Leonardo, deslocando- -se de Goiânia (GO) para São Paulo (SP).

O voo do jato teve ampla divulgação da grande mídia, com transmissão ao vivo em rede nacional pelas principais emissoras de TV.

O artista, que estava em coma induzido depois de sofrer um acidente de trânsito no retorno de um show,

precisou ser removido para receber cuidados médicos no hospital Sírio Libanês, na capital paulista.

O traslado mostrou para o Brasil a importância da aviação executiva em um país com dimensões continentais como o Brasil.

A empresa responsável pelo transporte aeromédico foi a Sete Táxi Aéreo,

que está no mercado há 30 anos sob administração da família de Vilella e possui seis Sêneca, cinco Mitsubishi e o -35 A,

que operam interligando o Centro-Oeste e o Norte do país, principalmente.

O comandante Vilella falou com exclusividade

a AERO Magazine e contou detalhes da delicada operação envolvendo o cantor Pedro Leonardo.

 

AERO MAGAZINE – Como foi a remoção do cantor Pedro Leonardo?
COMANDANTE VILELLA – O atendimento aeromédico começou,

de fato, com a remoção do cantor Pedro Leonardo de Itumbiara para Goiânia,

em Goiás. A partir do momento que a família optou por efetuar a remoção para São Paulo,

nossa equipe acompanhou o desenvolvimento do quadro clínico até o Pedro ter as condições para ser transportado.

 

A tripulação recebeu as informações finais para planejamento e execução do voo.

Os médicos fizeram então um briefing dos procedimentos durante todo traslado.

A decolagem deveria ser contínua.

Durante a subida, mantive uma razão de 1.550 pés por minuto em função da

posição do paciente dentro da aeronave e de suas condições clínicas.

Durante a etapa de cruzeiro, voei no FL 320 para manter a pressurização do avião com a cabine de 2.500 pés,

que é a mesma elevação de Goiânia e São Paulo.

Geramos assim maior conforto e estabilidade das condições físicas e clínicas do cantor.

Durante o trajeto, fiz vários desvios na rota para evitar

turbulências, já que havia grandes formações meteorológicas.

Com isso, nosso tempo de voo aumentou 20 minutos do previsto.

 

O controle Anápolis autorizou voarmos direto para o Aeroporto de Congonhas.

O Centro Brasília e o controle São Paulo prestaram assessoramento até o final do pouso.

Como todos os voos de UTI aérea, temos prioridade no pouso e na decolagem.